segunda-feira, dezembro 29, 2008

Viva La Vida

Angel Pictures, Images and Photos
O desgosto é a melhor forma de assassínio por nunca se encontrar a arma do crime.

António Lobo Antunes


Apetece-me tocar piano, compor de escrita a minha volta já quase fantasma mas não esquecida. Li os comments e os porquês de cada um. A força singra das respostas. Sei que trago nas asas um Não sei bem o que quero, nem quero saber o que quero*, pois a hegemonia do que é politico e poder em si violentou-me, obstruiu-me a pedra filosofal e deixou-me a caixa de Pandora. Foram os meus desafios ao medo, a certeza de estar perante predadores e os seu anseios que me soltaram a inocência. Não quebrei regras, assumi-as como sempre. Não dei resposta à dor mais óbvia e familiar, acho que nunca terei resposta. Não há resposta, há uma esquizofrenia dupla onde os seres são mesmo almas do outro mundo que caminham e ditam apenas memórias de elefantes desafinados. Li algures que “Uma memória fragmentada recorda pouco mais do que o nada!” E se a memória foi sempre fragmentada? Traumatizou-se a criança e o adulto que caiu dela. Entre politicas, influências do povo mau e os traumas desenhou-se a minha página web, encriptada, que deu ao mundo o verosímil contra a natureza das coisas. Com isto, certo dia, apareceu nela alguém e mais alguém e mais e mais… Aprendi a falar como se fala longe de um ditador e eis que o desafio aos medos e aos predadores soltaram palavras e pensamentos. Hoje mostro isto. Se calhar tem um pouco a ver com o que se passa no mundo… Tem um pouco a ver com o que não se vê mas sente-se. Com aquilo que todos deixamos andar e depois vomitamos em escrita. Afinal, a escrita é um delírio organizado**. Maravilho-me sempre com isto e com o Lobo Antunes, pois sempre idolatrei a organização e perfeccionei os anjos do meu bar. Então, respondi a um dos “alguém”, mais propriamente ao Yan, ou será John... Entranhei-me num comentário a fotos por mim mostradas sobre a guerra no mundo (republicado no post anterior deste blog) num álbum chamado "Mundo ao Contrário". Isso fez-me voltar a escrever... dar resposta à mensagem a mim endereçada. Isso fez-me falar sobre os que sei que efectivamente governam a Terra. Aqueles que nunca iremos conhecer:
(Vejam o post anterior antes de ler o que se segue)
“Sim Yan, as pessoas habituaram-se a culpar os Estados Unidos de tudo o que se passa de mal no mundo, tens razão… atrevo-me a dizer que é o cansaço… o desalento pelas cartas que nos chegam das estrelas cadentes e esperadas na TV. Sim Yan, os políticos não são os culpados, isso é verdade… eles apenas, e com dois dedos de testa, dão ordem para avançar, apenas isso… a ordem suprema vem de fora dos que pagaram as campanhas políticas para poderem governar efectivamente o mundo (mas nunca dando a cara). Acho, que estes últimos, os dos bastidores, “aqueles que investem” e não se mostram, muitas vezes, se sentam todos numa mesa redonda de chá (as minhas mesas de elite – nestas podemos ver quem fala e não nos olha nos olhos) e falam de tudo menos política. Porque a politica, de certeza, é outra coisa. E… imagina se um dia viessem aqui à minha página web ver estas modernices que fazem maratonas para fugir da guerra… estas que enquanto a pessoa está aqui se esquece da política e das hostilidades e muitas das vezes até dá umas larachas de sexo. E sem querer, tal como aconteceu contigo, encontrassem uma menina de olhos verdes que há muito se apercebeu que o pai natal anda aos pontapés a uma cidade chamada “Utopia” (sem nada adiantar, diga-se, ele pensa que a vai acordar). E, esperançados, fossem espreitar se eu tinha daquelas fotos “playboy womem” e ao abrir o meu álbum “Mundo ao Contrário” descobrissem curvas magras e ossos doloridos de filhos incógnitos e contrários à paisagem. Procuravam mamas e descobriam lixo. Lol. Lixo, sim lixo… Porque eles nunca despejam o lixo…têm quem o faça… por isso não o vêem. Ao menos havia um dedo mindinho do pai natal que sopraria de prazer…. E eu… não culpei os Estados Unidos, nem lancei choros nos Media. Fazia com que os senhores da mesa redonda vissem as mamas, mas as mamas magras dum mundo que paga as alucinações desta mesa de chá, assim mesmo, REDONDA de orgias lancinantes… Mar”


No espelho em frenesim denso reabre-se o bar e, de volta da caixa, os anjos esperam a filha de Zeus. O seu nome é Pandora e eles não a deixarão abrir a caixa…


*Alberto Caeiro
** António Lobo Antunes


BAR

Hoje sirvo Sangria de Champanhe

Ingredientes :
1 litro de champanhe
1/2 litro de gasosa de lima limão
1/2 litro de sumo de laranja
1 pau de canela
hortelã
açúcar q.b.
morango
manga
kiwi
pêssego
abacaxi
uva

Preparação:
1. Corte a fruta em pedaços pequenos.

2. Misture o champanhe, o sumo de laranja e a gasosa. Acrescente à fruta.

3. Tempere com o pau de canela, a hortelã e o açúcar.
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Pouco tempo depois de atrever-me a responder a Yan vi este vídeo e rendi-me. Tenho a certeza que perceberão porquê. Por isso sirvo, ainda: Bloc Party, Mercury


O meu muito obrigada ao Artur pelos comentários no meu álbum "Mundo ao Contrário" presente em página web, comentários esses que acabaram por despoletar todo este "debate" com Yan (Jonh).
Um Bem Haja ao Yan onde quer que esteja...
Graças a vós reabriu o Angel Bar.

domingo, dezembro 28, 2008

Mundo Ao Contrário

“A política é quase tão excitante como a guerra e não menos perigosa. Na guerra a pessoa só pode ser morta uma vez, mas na política diversas vezes. (Churchill)”






















































Qual o mundo que deixaremos para as crianças de hoje, para as que ainda nascerão?