sábado, outubro 10, 2009

Ler-me (Monstros Electrónicos III)

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“Eu não sou eu nem sou o outro,
Sou qualquer coisa de intermédio”

Mário de Sá Carneiro

Hoje quem escreve é P.P. Lembram-se de Monstros Electrónicos (aqui)? e Alcool Puro – Monstros Electrónicos II (aqui)? A música também é servida por ele… E eu ? Eu, sirvo a bebida…



Foi muito giro ler-me...mesmo que tenha o papel de "Monstro". Mas não me sinto demasiado mal com isso, não mesmo. Eu sou uma pessoa que está fora do circuito que a vida nos pede para executar. A ideia de apenas podemos estar "bem" e felizes se tivermos uma família e criamos filhos.....deixa-me completamente gelado. Aprendi que é um conceito bom para a sobrevivência da nossa espécie, foi uma maneira para a qual evoluímos e reflecte claras vantagens para a espécie. Mas....mas... eu faço parte do grupo que já não tem paciência para viver isso e mantive intacta esta força interior de ser caçador. Ser caçador, monstro ou o que quiserem chamar, é mais uma herança que não criei, apenas trouxe do passado. E mais uma vez....é bom para a nossa sobrevivência. Se o mundo biológico fosse perfeito eu já não deveria sentir o desejo diário que sinto. E com tudo isto.... qual o resultado ? Criar um filho ? sim isso tento fazê-lo da melhor maneira ... mas e o resto ? estar só ? sim com certeza, outro cenário é ridículo. Cada vez que leio, e aprendo mais sobre como o nosso cérebro funciona, riu-me das coisas que sentimos. Amor ? :-) Esse sentimento que resulta numa obsessão química do nosso cérebro e que nos pode levar ao céu ou ao inferno...tsss tsss tsss é como uma droga. Não se pode perder o seu controlo... para não sermos controlados por ela. E agora depois de ver tanta vida... amor lê-se cada vez mais com outros significados. "Amor" na maior parte das vezes serve para permitir exercitar pura paixão e desejo, para dividirmos as dificuldades da vida e pagarmos, para não sofreremos de solidão, para sentirmos que cumprimos o papel que a vida standard nos determina. Está instituído na nossa espécie que todas estas razões são admissíveis. Para mim só existem apenas dois tipos de pessoas que se permitem amar: Aqueles que se deixam levar pelo que sentem sem nada questionar ou aqueles que conseguem ser falsos e dissimulados para levar a sua avante. Eu.....eu não sou nenhum dos dois.

P.P.


Obrigada P.

BAR

Hoje sirvo:
COM ÁLCOOL
Caipiblack

Ingredientes :
Meia Lima
Açucar Amarelo
Gelo Picado
Eristoff Black

Método de Preparação :
Igual à Caipirinha, mas com Eristoff Black no lugar da Cachaça.

SEM ÁLCOOL
Morang Ice

Ingredientes :
1 kiwi
4 morangos
1 a 2 colheres (chá) de açúcar
1 gota de limão
Gelo

Método de Preparação :
Ponha o kiwi na batedeira com uma colher de chá de açúcar, bata durante meio minuto, depois ponha no fundo do recipiente em que vai servir a bebida com 2 gotas de limão. Em seguida deite os morangos na batedeira juntamente com gelo e uma colher de chá de açúcar. Bata tudo e ponha por cima do kiwi. Sirva com uma palhinha.

MÚSICA

E ainda, servido por P. :New Divide - Linkin Park. Para ouvir coloque em pausa o Music Playlist na barra lateral.

4 comentários:

Marta Vinhais disse...

Mas mesmo assim sofre-se de solidão, porque se foge à regra e isso é sempre um "crime"....
Gostei do texto e do cocktail...
Bom fim de semana..
Beijos e abraços
Marta

poetaeusou . . . disse...

*
só compreendo o amor,
quem ama . . .
,
conchinhas,
,
*

Sofá Amarelo disse...

Tudo perfeito por aqui, com muito bom gosto, como é habitual...

Muitos beijinhos, Angel! Saudades! Boa semana!!!

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.